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domingo, 25 de setembro de 2011

O SIM FUNDAMENTEAL

                Casamento no cinema, dentro e fora das telas, é algo corrente. Um centenário depois ele continua sendo o primeiro ou segundo plano de uniões que fazem os fãs sonharem com algo parecido, martelando o clichê do conto de fadas no que a vida real trata de cortar o barato.
                 A começar por Elizabeth Taylor, que ao invés do príncipe encantado, o sapo chegou e ficou, ou melhor, não ficou por que neste caso foram sete maridos, sendo a união mais famosa com Richard Burton, que começou nas filmagens de Cleópatra e acabou, como todas as outras, no tribunal litigioso.
           Lana Turner era dona de uma imensa beleza, fama e autodestruição, casou-se algumas vezes, obteve várias outras propostas, mas gostava de cafajestes, dando origem ao mais memorável “filme” sobre os bastidores de Hollywood: era amante do gângster John Stompanato. As surras que ele lhe ofertava eram quase diárias e de conhecimento público. Cheryl, filha de Lana, ao ver a mãe apanhando, cravou um golpe fatal de faca no mafioso. Muitos afirmam que a assassina foi a própria Lana, e pôs a culpa na filha por esta ser menor de idade, com apenas 15 anos.
         Woody Allen namorou Diane Keaton, casou-se com Mia Farrow e acabou com Soon-Yi, a filha adotiva desta. O episódio gerou farto material para a imprensa marrom, com Mia acusando o ex de pervertido e pedófilo. Mas Soon-Yi já é maior de idade e continua casada com Woody.
               Um dos mais celebrados casais do cinema clássico é Spencer Tracy e Katharine Hepburn, o curioso é que eles eram na verdade amantes, e a esposa de Spencer sabia de tudo. 
              Mas também existem “dias de vinho e rosas” quanto aos casais de astros, há aqueles que sustentam uma relação duradoura e tranquila: Paul Newman e Joanne Woodward levaram ao pé da letra o ‘até que a morte os separe’; Antonio Banderas e Melanie Griffith nunca se viram envolvidos em escândalos; Tom Cruise e Nicole Kidman fizeram o público quase acreditar que daria certo; o produtor Carlo Ponti fez os filmes que quis para a esposa e musa Sophia Loren (e o funeral dele foi velado por ela e as duas ex-esposas); Fellini e Giulietta Masima formaram uma fértil parceria na cama, aliança e nas lentes (viveram uma “la dolce vita” e morreram praticamente juntos).
             De qualquer forma, os casórios que deixam os fãs babando, perplexos ou revoltados, geram um valioso material produzido pela vida real e que eventualmente é utilizado pelo cinema, e para extrair tal material ficam necessárias apenas três palavras:

- Sim, eu aceito

                

sábado, 10 de setembro de 2011

Espíritos

"Quero fazer os poemas das coisas materiais,
pois imagino que esses hão de ser
os poemas mais espirituais.
E farei os poemas do meu corpo
E do que há de mortal.
Pois acredito que eles me trarão
Os poemas da alma e da imortalidade."
E à raça humana eu digo:
-Não seja curiosa a respeito de Deus,
pois eu sou curioso sobre todas as coisas
e não sou curioso a respeito de Deus.
Não há palavra capaz de dizer
Quanto eu me sinto em paz
Perante Deus e a morte.
Escuto e vejo Deus em todos os objetos,
Embora de Deus mesmo eu não entenda
Nem um pouquinho...
Ora, quem acha que um milagre alguma coisa demais?
Por mim, de nada sei que não sejam milagres...
Cada momento de luz ou de treva
É para mim um milagre,
Milagre cada polegada cúbica de espaço,
Cada metro quadrado de superfície
Da terra está cheio de milagres
E cada pedaço do seu interior
Está apinhado de milagres.
O mar é para mim um milagre sem fim:
Os peixes nadando, as pedras,
O movimento das ondas,
Os navios que vão com homens dentro
- existirão milagres mais estranhos?" 



(Walt Whitmann)