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domingo, 5 de junho de 2011

HACKFORD: BRILHO DE UMA MENTE TALENTOSA

Taylor Hackford é um daqueles profissionais de cinema que não são necessariamente geniais, mas que fazem bem a lição de casa ao construírem filmes interessantes com altas doses de diversão, buscando agradar ao público e às produtoras, engordando o caixa das últimas enquanto arrasa o quarteirão com o público.
Essa definição da carreira do produtor e diretor americano, marido da atriz Helen Mirren, pode ser sustentada por seu currículo que constam trabalhos como O Advogado do Diabo, Prova de Vida e Ray. Todos eles projetos que estão longe de se situarem entre os melhores, mas que reúnem grandes qualidades.
Um filme como Eclipse Total (Dolores Claiborne/EUA/95) soa simbólico: traz um elenco excepcional com os nomes de  Kathy Bates, Christopher Plummer e Jennifer Jason Leigh, é baseado em um livro do mais popular entre os populares escritores americanos, Stephen King (a trama não é sobrenatural), o suspense psicológico está recheado de flashbacks e reviravoltas, possui um conflito familiar de apelo razoável e a conclusão é surpreendente e indiscutível. Vamos à trama.
Selena (Leigh) é uma jornalista e escritora de sucesso em Nova York que possui traumas profundos da adolescência, e que a distanciaram definitivamente da mãe Dolores (Bates). Esta, por sua vez, é uma empregada doméstica acusada de assassinar a patroa rica. Selena lê a história pelos jornais e é obrigada a retornar à sua terra natal, menos para ajudar que para colher uma história interessante para publicar.
O encontro vai mexer no passado de mãe e filha e os flashbacks costurados na investigação conduzida pelo detetive John Mackey (Plummer) elucidam a trama e o comportamento de ambas.
Esse filme é uma pérola que ficou esquecida na prateleira das locadoras e que pode se tornar de cabeceira para quem se submeter a levá-lo. O roteiro é de Tony Gilroy, que fez uma saudável parceria com o diretor e juntos realizaram diversos projetos. À propósito, Tony estreou como diretor com o respeitado Conduta de Risco e mais recentemente dirigiu Duplicidade.
                Se tomarmos cinema como diversão de primeira linha, Eclipse Total cumpre perfeitamente o papel. E ainda é encabeçado por alguém que é mestre neste aspecto e que fica claro que essa é sua arte.










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